O assassinato de John Kennedy continua cercado de mistérios e controvérsias por 6 décadas

John F. Kennedy estava no cargo de presidente dos Estados Unidos por 2 anos, 10 meses e 2 dias quando foi assassinado em 22 de novembro de 1963. Ele assumiu o cargo em 20 de janeiro de 1961

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Em 22 de novembro de 1963, o mundo parou diante do trágico assassinato de John Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos. Durante um desfile em uma limousine aberta na Dealey Plaza, em Dallas, Texas, Kennedy foi atingido por tiros fatais enquanto acenava para a multidão ao lado da primeira-dama, Jacqueline Kennedy, e do governador do Texas, John Connally.

O evento fatídico, que ocorreu às 12h30 (horário local), tornou-se um dos momentos mais marcantes e enigmáticos da história moderna, gerando décadas de investigações, teorias da conspiração e debates. O último capítulo é o fim do sigilo sobre os documentos, determinado pelo presidente Donald Trump.

Os eventos do dia fatídico em Dallas

O assassinato de John Kennedy

Kennedy estava em Dallas como parte de uma viagem política destinada a fortalecer alianças dentro do Partido Democrata antes das eleições presidenciais de 1964. Durante o trajeto, três tiros foram disparados contra o veículo presidencial. O primeiro tiro errou a limousine, mas o segundo atingiu Kennedy nas costas e feriu Connally. O terceiro, fatal, acertou a cabeça do presidente.

Hospital Parkland onde Kennedy permaneceu até o anúncio de sua morte.
Multidões, incluindo funcionários do hospital, membros da mídia e policiais, aguardam do lado de fora da sala de emergência do Hospital Parkland por notícias sobre o Presidente John F. Kennedy”, 22 de novembro de 1963

Após os disparos, o motorista acelerou em direção ao Hospital Parkland Memorial, mas Kennedy foi declarado morto às 13h. A primeira-dama permaneceu ao lado do corpo durante todo o trajeto, uma cena que simbolizou a dor da nação diante de uma tragédia incompreensível.

A captura de Lee Harvey Oswald

Lee Harvey Oswald, apontado como responsável pelo assassinato de John Kennedy, durante sua custódia no Texas.
Lee Harvey Oswald permanece sob custódia policial pouco após ser preso por assassinar o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963. Oswald foi baleado e morto dois dias depois por Jack Ruby, um proprietário de clube local, enquanto estava sendo transferido para uma prisão municipal. Foto: Domínio Público

Cerca de 80 minutos após o assassinato, Lee Harvey Oswald foi preso em um cinema de Dallas, acusado de matar o presidente. Oswald, de 24 anos, era um ex-fuzileiro naval que havia passado um período na União Soviética e demonstrava simpatia por Cuba. Ele negou as acusações até sua morte, que ocorreu dois dias depois, quando foi assassinado por Jack Ruby, um dono de boate, enquanto era transferido para outra prisão. Esse ato impediu que Oswald fosse julgado, deixando lacunas que alimentaram décadas de especulações.

A Comissão Warren e suas conclusões

Seis dias após o assassinato, o sucessor de Kennedy, Lyndon B. Johnson, estabeleceu a Comissão Warren para investigar o caso. Liderada pelo chefe da Suprema Corte, Earl Warren, a comissão concluiu, em 1964, que Oswald agiu sozinho. Entre os principais pontos de sua investigação estavam:

  • Local dos disparos: Oswald teria disparado três tiros do sexto andar do Texas School Book Depository, onde trabalhava.
  • Teoria da bala única: Um único projétil teria ferido tanto Kennedy quanto Connally, sustentando a possibilidade de que Oswald foi o único atirador.
  • Evidências físicas: A filmagem de Abraham Zapruder, que capturou o assassinato em vídeo, balas recuperadas e o rifle Carcano, atribuído a Oswald, foram peças centrais na investigação.
  • Falta de conspiração: A comissão concluiu que não havia evidências de que Oswald tivesse cúmplices.
Registro do encontro dos Membros da Comissão Warren e do presidente Lyndon Johnson, na Casa Branca, durante entrega do relatório sobre o assassinato de John Kenney.
Membros da Comissão Warren apresentando seu relatório ao presidente dos Estados Unidos, Lyndon B. Johnson, em 1964.

Embora a Comissão Warren tenha encerrado o caso oficialmente, suas conclusões foram recebidas com ceticismo. Muitos questionaram a plausibilidade da teoria da bala única e se Oswald realmente agiu sozinho.

Teorias da conspiração alimentam mistérios

O assassinato de Kennedy rapidamente se tornou um terreno fértil para teorias da conspiração, muitas das quais desafiam a narrativa oficial. Entre as principais especulações estão:

  1. O homem do guarda-chuva: Uma figura presente na Dealey Plaza, segurando um guarda-chuva em um dia ensolarado, foi apontada como potencial cúmplice. Teorias sugerem que o objeto poderia ter disparado um dardo venenoso para incapacitar Kennedy.
  2. Conspiração governamental: A CIA, o FBI e até Lyndon B. Johnson foram acusados de envolvimento. Alguns alegam que Kennedy foi assassinado devido a suas políticas em relação a Cuba e ao Vietnã.
  3. Cuba e a União Soviética: Com laços conhecidos com Cuba e a União Soviética, Oswald foi apontado como agente desses governos. Em particular, sua visita a embaixadas em Cuba e no México levantou suspeitas sobre um possível complô da Guerra Fria.
  4. Máfia: A máfia americana também foi implicada, motivada pela repressão que os irmãos Kennedy impuseram ao crime organizado. Jack Ruby, que matou Oswald, tinha ligações conhecidas com figuras mafiosas.
  5. Teoria da bala única: A controvérsia em torno da ideia de que um único projétil causou ferimentos múltiplos em Kennedy e Connally gerou descrédito na investigação oficial e reforçou a hipótese de múltiplos atiradores.

Um país abalado que ainda busca por respostas

O assassinato de Kennedy abalou profundamente os Estados Unidos, interrompendo um governo marcado por sua visão progressista e otimismo. Kennedy havia prometido grandes avanços em direitos civis, exploração espacial e política externa, tornando sua morte não apenas uma tragédia pessoal, mas também um momento de perda de direção nacional.

O luto pelo presidente foi amplificado pela imagem icônica de Jacqueline Kennedy e seus filhos, que simbolizaram a dor de toda uma nação. O legado de Kennedy continua a inspirar líderes e cidadãos, mas o mistério em torno de sua morte mantém a narrativa viva no imaginário público.

Jacqueline Kennedy e seus dois filhos durante o funeral do esposo, o presidente Kennedy, morte em 222 de novembro de 1963.
Funeral do presidente John F. Kennedy, em 25 de novembro de 1963

A liberação dos documentos sob Trump

Em um esforço para trazer maior transparência ao caso, o presidente Donald Trump ordenou a liberação de documentos secretos relacionados ao assassinato de Kennedy, além de arquivos sobre os assassinatos de Robert Kennedy e Martin Luther King Jr. A expectativa é que esses documentos ofereçam novas informações sobre:

  • As atividades de Oswald: Registros da CIA e do FBI sobre as visitas de Oswald a embaixadas soviéticas e cubanas.
  • Operações de inteligência: Detalhes sobre o clima político da Guerra Fria e possíveis conspirações.

Embora a maior parte dos especialistas acredite que os documentos não trarão revelações significativas, o gesto reflete o interesse contínuo em responder às muitas perguntas que cercam o caso.

O assassinato de John F. Kennedy permanece um dos eventos mais debatidos da história moderna. A combinação de provas inconclusivas, suspeitas de conspiração e a ausência de julgamento para Oswald perpetuaram o mistério. Para muitos, Kennedy representava uma era de esperança e progresso, e sua morte prematura deixou um vazio que ainda ressoa na política e na cultura dos Estados Unidos.

Enquanto novas investigações e documentos continuam a surgir, a busca pela verdade sobre os eventos de 22 de novembro de 1963 continua a capturar a atenção de historiadores, pesquisadores e do público em geral. Mais de seis décadas depois, o legado de Kennedy, bem como os mistérios de sua morte, permanecem tão relevantes quanto nunca.

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