Governo prorroga consulta pública para 50 aeródromos regionais e Piauí está incluso

Brasília – O Governo Federal através do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou a prorrogação, até 17 de fevereiro, do prazo para contribuições à consulta pública do Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais, o AmpliAR. A iniciativa busca modernizar a infraestrutura aeroportuária de pequenas e médias cidades brasileiras, especialmente em regiões carentes de conectividade aérea, como a Amazônia Legal e o Nordeste.

Com investimentos previstos de R$ 3,4 bilhões na primeira etapa, o programa contemplará inicialmente 50 aeródromos em estados como Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Bahia. O objetivo é impulsionar o transporte aéreo regional, garantindo o acesso a regiões isoladas e contribuindo para o desenvolvimento econômico local.

Plano aeroviário do governo

O AmpliAR visa ampliar o alcance do transporte aéreo, promovendo inclusão social e crescimento econômico. Segundo o Secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, a prioridade do programa são os municípios da Amazônia Legal e do Nordeste, áreas historicamente com infraestrutura aeroportuária deficitária.

“A escolha dos aeródromos seguiu o Plano Aeroviário Nacional (PAN), priorizando investimentos com alto custo-benefício e impacto social significativo. Muitos desses municípios são acessíveis apenas por barco, e os aeroportos desempenham um papel crucial no transporte de alimentos, medicamentos e combustíveis”, destacou Franca.

Blocos de aeroportos contemplados

O programa está estruturado em 11 blocos de aeroportos, distribuídos por diferentes regiões do país. O Piauí foi contemplado em São Raimundo Nonato. Entre os aeródromos selecionados estão:

Essa divisão permite atrair investimentos para regiões estratégicas e atender às necessidades específicas de cada localidade.

Perspectivas de investimentos

O leilão dos blocos, previsto para o primeiro semestre de 2025, tem o potencial de atrair até R$ 5 bilhões em aportes privados, que serão destinados à modernização, ampliação e manutenção dos aeródromos. A expectativa é que essas melhorias resultem em:

• Expansão da conectividade aérea: Novas rotas e maior frequência de voos para áreas isoladas.
• Desenvolvimento regional: Estímulo ao turismo, ao comércio e à geração de empregos.
• Inclusão social: Garantia de acesso rápido a serviços essenciais, como saúde e educação.

Participação na consulta pública

A consulta pública do AmpliAR é aberta a estados, municípios, concessionárias, companhias aéreas e à sociedade civil. Para participar, os interessados podem acessar a página no portal Participa + Brasil até 17 de fevereiro e enviar contribuições às duas minutas de documentos disponíveis:

1. Portaria do AmpliAR: Define diretrizes e objetivos do programa.
2. Primeiro Edital do Processo Competitivo: Regulamenta a concessão inicial, com foco nos blocos da primeira rodada.

Mais informações podem ser obtidas no site oficial do Ministério de Portos e Aeroportos.

Apoio ao investidor

O programa AmpliAR oferece uma oportunidade única para investidores interessados no setor de infraestrutura aeroportuária, um mercado estratégico e em expansão no Brasil. A modernização dos aeródromos promete atender à crescente demanda por transporte aéreo regional, alavancando o desenvolvimento econômico em áreas menos acessíveis.

Investimentos em aeroportos da Amazônia e Nordeste

O AmpliAR é uma iniciativa promissora que une investimentos privados e planejamento governamental para transformar o transporte aéreo regional. Além de gerar impacto econômico significativo, o programa tem um papel crucial na integração de regiões isoladas ao restante do país. Com o leilão dos blocos e a continuidade das consultas públicas, o Brasil avança em direção a um futuro de maior conectividade, eficiência e desenvolvimento sustentável.

O destaque para regiões como a Amazônia Legal e o Nordeste no contexto do Programa AmpliAR e do Plano Aeroviário Nacional (PAN) evidencia a importância estratégica dessas áreas no desenvolvimento da infraestrutura aérea brasileira. Na Amazônia Legal, onde muitos municípios são acessíveis apenas por barco, a melhoria dos aeródromos desempenha um papel vital na garantia de suprimentos essenciais, como alimentos, medicamentos e combustíveis. A conectividade aérea não apenas facilita a logística básica, mas também abre portas para o crescimento econômico regional, promovendo atividades como o ecoturismo e o comércio.

No Nordeste, o potencial turístico inexplorado e a diversidade cultural fazem da região um dos focos mais promissores do programa. A ampliação de rotas aéreas e a modernização de aeroportos podem impulsionar o turismo, atrair investidores e fortalecer economias locais. Regiões como a Chapada Diamantina, na Bahia, Delta do Parnaíba, no Piauí e os Lençóis Maranhenses são exemplos de áreas que podem se beneficiar diretamente da expansão da malha aérea, tornando-se ainda mais acessíveis para turistas nacionais e internacionais.