Shein afirma que aumento do ICMS penaliza os mais pobres no Brasil

Novo aumento do ICMS para 20% eleva tributos sobre importados. Empresas como Shein e AliExpress criticam, enquanto estados defendem isonomia tributária.

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Brasília – O recente anúncio de que a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para importações internacionais será aumentada de 17% para 20% gerou reações divergentes entre empresas como Shein e AliExpress, que criticaram a medida, e representantes estaduais, que defendem a mudança como um passo para isonomia tributária.

Impacto do aumento do ICMS no consumo

A Shein destacou que a medida pode elevar a carga tributária efetiva para 50%, dificultando o acesso de consumidores das classes C, D e E, que representam cerca de 88% de sua base de clientes no Brasil, formada por 50 milhões de usuários.

Exemplo do impacto:

  • Um vestido de R$ 100 que hoje tem uma carga tributária de R$ 44,50 (valor final: R$ 144,50) poderá custar R$ 150 com a nova alíquota.

A AliExpress, por sua vez, apontou um estudo da Receita Federal indicando que, após a implementação da chamada “taxa das blusinhas” em agosto, houve uma queda de 40% nas importações. A plataforma criticou o aumento do ICMS, destacando que os brasileiros já enfrentam as maiores tarifas de importação do mundo, e que a medida ampliará ainda mais essa barreira.

Reação de empresas como Shein e AliExpress

Diante da nova realidade, a Shein anunciou que intensificará suas iniciativas no mercado nacional, investindo no:

  • Apoio a produtores locais;
  • Fortalecimento de seu marketplace.

A empresa reafirmou seu compromisso em oferecer produtos acessíveis e colaborar para o desenvolvimento econômico do Brasil.

A defesa dos estados e a isonomia tributária

O Conselho Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) defendeu a medida como uma forma de alinhar a tributação de importados à aplicada sobre produtos nacionais. Segundo o comitê, a mudança:

  • Estimula a competitividade da indústria local;
  • Protege o mercado interno da concorrência internacional;
  • Promove a geração de empregos.

Próximos Passos

A nova alíquota de ICMS está prevista para entrar em vigor em 1º de abril de 2025, mas ainda depende da aprovação em algumas Assembleias Legislativas estaduais.

Enquanto empresas e consumidores questionam os impactos negativos, os estados defendem a mudança como uma necessidade para equilibrar o mercado interno.

Expectativas para o mercado

Especialistas apontam que o aumento do ICMS pode:

  • Encarecer produtos importados, impactando o consumo e o comércio eletrônico internacional.
  • Fortalecer o mercado interno, gerando benefícios econômicos de longo prazo.

A medida reforça a complexidade de equilibrar interesses entre empresas globais, consumidores e a indústria local, colocando o Brasil no centro do debate sobre políticas tributárias e desenvolvimento econômico sustentável.

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