Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deixou joias sauditas expostas na cozinha do Palácio do Alvorada

Segundo ex-secretário de Comunicação, o casal só soube do conteúdo do estojo de joias 13 meses após sua entrada no país.

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manteve um estojo contendo joias, presente do governo da Arábia Saudita, exposto na cozinha do Palácio do Alvorada por dois ou três dias, conforme revelado pelo ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, em entrevista à CNN.

Wajngarten afirmou que tanto Michelle quanto o presidente não sabiam do conteúdo do presente. O casal só tomou conhecimento das joias 13 meses após sua entrada no Brasil. O pacote, que entrou ilegalmente no país sem ser declarado, chegou na comitiva do então ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, após uma viagem à Arábia Saudita em outubro de 2021. O estojo ficou guardado no cofre do MME por mais de um ano antes de ser encaminhado ao acervo da Presidência da República.

Avaliado em cerca de R$ 2,5 milhões, o estojo continha itens da marca Chopard, incluindo uma caneta, um anel, um relógio, abotoaduras e um rosário árabe chamado “masbaha”. O relógio Chopard, avaliado em aproximadamente R$ 800 mil, é um item de colecionador com apenas 25 unidades produzidas. Em março, o conjunto foi devolvido pela defesa do ex-presidente após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Michelle confirmou ter recebido as joias e esclareceu que elas fazem parte de um segundo pacote, diferente daquele avaliado em R$ 16,5 milhões, que foi confiscado pela Receita Federal. Segundo ela, as joias do Alvorada foram devolvidas à Caixa Econômica Federal no mês passado.

No total, Jair Bolsonaro recebeu três caixas de joias do governo da Arábia Saudita, avaliadas em mais de R$ 19,5 milhões. A peça de maior valor é um colar de diamantes da marca Chopard, parte de um conjunto com brincos, anel e relógio cravejados de brilhantes. Estas joias, retidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo, não foram declaradas adequadamente.

Fonte: Jornal O GLOBO

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